Relatórios de visita

Relatórios de visita



Região Norte

O grupo partiu do Banco da Amazônia e foi para a Praia das Arnos onde se dividiu em duplas para fotografar, conversar e filmar as pessoas da região. As equipes conseguiram entrevistar duas comerciantes, donas de um bares que vende bebidas e petiscos que relataram alguns pontos sobre infraestrutura, condições de trabalho, problemas recorrentes do lugar, entre outros assuntos (registrados em vídeo).
Outro ponto visitado pelo grupo foi a 409 norte onde conversou com uma comerciante dona de supermercado, dois moradores idosos. Esses entrevistados falaram sobre problemas recorrentes nos bairros sendo a violência ligada ao tráfico de drogas e a educação são os problemas mais recorrentes (entrevistas gravadas em vídeo).
Na 407 norte, uma das duplas visitou CRAS – Centro de Referência e Assistência Social, e entrevistou o presidente de bairro que reafirmou o problemas citados pelos demais entrevistados em relação à segurança, educação e infraestrutura e agregou uma descoberta em que uma turma fazia uma qualificação em montagem de óculos.
Enquanto isso, parte do grupo foi até a região próximo ao Detran, onde não há asfalto e os moradores lidam diariamente com poeira, lotes baldios cheios de lixos e erosões no meio das ruas. É realmente um caos pois não há nenhuma infraestrutura básica e a região parece esquecida, mesmo tendo uma escola municipal.
Da mesma forma, na Avenida LO 01 onde está localizado o Hemocentro de Palmas é ermo e sem nenhuma arborização. A grande incidência de queimadas aliada ao calor característico da época dificulta a respiração e percebemos que mesmo sendo prejudicados os moradores não se conscientizam disso já que vimos muitos lixos sendo queimados em quintais e lotes baldios. Podemos pensar que talvez seja resultado de um problema na coleta de lixo.
Dalí, contornamos os limites das Arnos até a avenida central da região onde se concentram os grandes supermercados como o Quartetto e o Super Big além de um Shopping em construção que se chama Lago Norte Shopping. Nesta avenida também notamos a falta de arborização. Como o comércio do lado dos supermercados fica um pouco afastado da avenida acabou-se formando grandes estacionamentos além de uma rua paralela que facilita acidentes, tamanha a quantidade de “gatos” que se formaram. A poeira também é característica dessa região pois essas áreas citadas não possuem asfalto. Acessibilidade e mobilidade também é uma coisa que não foi vista em nenhuma parte dessa região.
Essa avenida dá acesso à Praia das Arnos que, segundo os comerciantes entrevistados foi revitalizado pela prefeitura durante a temporada de praia mas depois não teve atenção alguma do governo. Segundo Maria Elizabethe que possui um restaurante há mais de 10 anos lá a praia funciona e recebe turistas todo o ano, mas a prefeitura só deu assistência durante a temporada no mês de julho. “Depois, até as lixeiras que eles colocaram vieram pegar de volta”, afirma ela. 
Na visita à Praia das Arnos notamos que esta estava bem limpa, bem arborizada na entrada e com muitas placas informativas. Encontramos muitas lixeiras feitas de cimento espalhadas pela praia, mas que segundo os comerciantes não é suficiente. Pudemos ver também algo que é desconhecido da maioria dos palmenses: no lago, na extensão da praia circulam algumas barcas chamadas de dragas que retiram areia do lago. Abaixo da praia a gente viu os montes de areia que pertencem a uma empresa chamada Cesar.
Saindo da praia e pegamos uma avenida que dava no parque Sussuapara. Ao longo da avenida o problema de áreas verdes sendo usadas para entulhar lixos, dejetos orgânicos e restos de construção eram bem visíveis. Chegamos a um espaço de lazer utilizado pela comunidade para praticar bicicrós e motocrós. Segundo um vendedor ambulante que usa uma árvore no local como ponto, foram os próprios morados que organizaram o espaço onde hoje acontecem competições que às vezes até recebem patrocínio de empresas privadas.
Do outro lado da avenida encontra-se o Parque Sussuapara que está completamente abandonado e aparentando não ter tido suas obras terminadas; Com um campo de futebol simples, um playground onde os brinquedos estão enferrujados e quebrados e uma fonte desativada, o parque perdeu sua beleza. Possui um quiosque que só abre à noite.
Na 303 Norte fomos à uma horta comunitária e conversamos com alguns donos de canteiros que disseram manter o espaço sem nenhuma ajuda da prefeitura. É realmente um projeto sustentado pela comunidade. Notamos que, na 305Norte se concentra maior parte de lanchonetes e bares da região. Com muitos salões de cabelereiro também. Na 307 Norte concentra grande quantidade de comércios lojistas. Lá tem também uma feira coberta e uma outra horta comunitária que é maior em extensão que a da 305 norte. Notamos ao longo dessas quadras que as ruas são estreitas e com baixa visão para os motoristas. Muito lixo na frente de comércios, esgotos pelas ruas causando mal cheiro. 
Os próprios comerciantes contribuem para a sujeira, como captamos na lateral de um supermercado acúmulo de resto de comidas e engradados de madeira. Muitos bares.


Taquaralto e região

Durante a visita a Taquaralto foi possível perceber que o setor se mantém limpo em suas ruas mais afastadas da avenida principal. Na avenida principal tem vários containeres com resíduos de construção, bem identificado. Por outro lado, faltam lixeiras para depositar os lixos cotidianos o que resulta em diversos montes de sacos ao longo das calçadas e canteiro central.
Com relação ao comércio, este faz uso continuo da calçada para exposição de seus produtos o que, em muitos casos, impedem a passagem dos pedestres que precisam desviar pela rua. Além disso, as calçadas são desniveladas o que impossibilita qualquer tentativa de mobilidade de pedestre. Isso é um problema de mão-dupla, pois, ao mesmo que as calçadas são ocupadas e inapropriadas para o tráfego, as ruas são estreitas e o fluxo de automóveis é grande. Uma vez que veículos de todos os tamanhos compartilham o mesmo espaço.
A arborização é ineficiente para o tamanho do bairro. As partes com maior número de árvore é a avenida central e a saída para Taquarussu. Enquanto as ruas paralelas padecem no desolamento. O que está muito bem evidenciado nas ruas sem pavimentação e os meios-fios quebrados. Em si tratando de infra-estrutura, os setores Maria Rosa, Santa Fé e Morada do Sol, desconhecem tal artifício. Falta iluminação pública, rede esgoto, pavimentação entre outros requisitos de dignidade social, mas, a população reclama, sobretudo, da falta de segurança. 
Taquaralto é um potencial econômico de Palmas. Movimento pelo comércio variado – que oferta desde os produtos mais alternativos, até produtos mais sofisticados. Atende as Aureny’s, Taquarussu, os setores mais novos como: Santa Fé, Maria Rosa e Morada do Sol e até algumas necessidades de Porto Nacional.

Entrevistas
Entrevista com Ana Celia, em entrevista Ana diz que há um descaso do prefeito com relação ao setor, quanto à segurança e a limpeza, diz ainda que os comerciantes faltam respeito ao pedestre quando colocam as mercadorias nas calçadas, a entrevistada diz que tem filho de colo e não consegue sair de casa com o carrinho de bebe, pois as calçadas são desniveladas e há mercadorias expostas ja as ruas são muito movimentadas e estreitas, alem disso há vários carros estacionados. Sobre segurança afirma que deveria haver mais policiamento.

Entrevista com Epaminondas Rodrigues, em entrevista Epaminondas diz que o transito é desorganizado, os carros estacionam em local indevido, sobre calçadas, na contra mão. Diz que não há segurança não só em Taquaralto, mas em toda capital diz haver muitos roubos e estrupos, assassinatos, durante o dia e a noite, afirma que a cidade esta muito suja e não esta sendo administrada como deveria ser. Com relação aos comerciantes ele afirma que a pratica de expor mercadorias nas calçadas atrapalha o transito de pedestres e incentiva a pratica de furtos, pois há varias incidências de jovens roubando produtos expostos.

Entrevista com Basilia Maria de Jesus Neto, afirma que o transporte não é de qualidade, pois atrasa muito e também é superlotado alem de faltar ônibus no horário das 6h da tarde,sobre segurança  diz que deveria haver mais policiamentos nas ruas, pois a própria já foi assaltada as 11h da manha por um homem que portava uma faca. 

Judicael, diz que na gestão passada a educação foi boa, mas que na atual gestão ele não tem informação, sobre segurança diz que não tem o que dizer, pois falta segurança no Brasil todo não só em Palmas, com relação à saúde diz que é péssima na capital pois demora o atendimento e quando faz a consulta não consegue realizar os exames e quando os realiza afirma que não “da nada”, diz ainda que se a pessoa tiver mal não consegue atendimento  imediato.

Aureny I, II e IV

Caminhada do Aureny I ao Aureny IV
No dia 24 de agosto de 2013, um dos integrantes do Grupo 4 de Trabalho na disciplina de Comunicação Comunitária do curso de Comunicação Social / Jornalismo da UFT, deu início ao trabalho fotográfico com objetivo de levantar pontos que carecem de atuação do poder público no setor Aureny I.

Deu início ao trabalho na Praça Brasília, onde registrou além do ponto de ônibus que dá acesso ao Aureny IV - destino pretendido pelo estudante - a falta de manutenção no totem que identifica a própria estação. Seguindo pela Avenida Brasil, registrou problemas com a falta de calçadas na avenida, a falta de irrigação no canteiro central.

Chegando à divisa dos dois setores - cerca de 400 metros de distância da Praça Brasília, deparou-se com um grande terreno baldio - na verdade a rua Maringá, naquele setor - de um lado da avenida. Do outro lado da avenida, coberto por um grande matagal, notou a presença de grande quantidade de lixo. Fez o registro fotográfico do terreno baldio, avaliando que ali poderiam existir aparelhos e até um trabalho municipal no sentido da arborização para revitalizar uma possível área verde anteriormente existente ali. Do outro lado, após registrar o lixo na beira da Avenida Brasil e também no espaço baldio abaixo da rua (uma grande vala cheia de lixo).

Ao chamar um dos moradores do local, após descer um pouco a encosta, distanciando-se da rua, entabulou conversa com o mesmo, inquirindo sobre a falta da presença de serviços públicos como limpeza, água, saneamento, e etc. O morador, sem se identificar, disse que o local se chamava 'Baixada Louca'. O estudante, sem aperceber-se que estava sendo abordado sutilmente, pôs-se a anotar o nome do local. Neste momento passa uma senhora, também moradora do local, alardenado que o estudante estaria tirando fotografias do local. Imediatamente o morador pôs-se a inquirir sobre a identidade do estudante e sobre suas intenções, imaginando ser ele um policial. Aproximaram-se da conversa outros três rapazes que, cercando o estudante, puseram-se também a intimidá-lo.

Notando a máquina fotográfica no bolso do estudante, o primeiro homem pegou a máquina e perguntou se o estudante era policial. Diante da negativa, começou a mexer na máquina fotográfica, querendo ver as fotos. Neste momento passa um possível usuário de drogas em uma bicicleta. Os quatro rapazes descem a encosta após o rapaz na bicicleta dizer que queria 'negociar'. O primeiro homem carrega a máquina e recomenda ao rapaz da bicicleta que impeça o estudante de sair, porque este estaria tirando fotos do local e que 'ainda queria tirar isso a limpo'. O rapaz da bicicleta pergunta ao estudante o que estava acontecendo, ao que ouve as intenções do estudante - fazer o levantamento fotográfico com intuito de prover o trabalho universitário de informações. Diz ao estudante para ficar calmo que tudo iria ficar bem! O rapaz que carregara a máquina fotográfica retorna e volta a inquirir o estudante sobre as intenções com a fotografia. Diz que aquele local é do tráfico de drogas e que o estudante não deveria estar ali. O estudante se propõe a apagar as fotos. O homem percebe o celular no outro bolso, pede-o mas, após examiná-lo, devolve-o ao estudante, que - na frente do possível traficante - passa a apagar as imagens.

O estudante pede desculpas pelo 'problema' causado no local e sai dali após dar ao suposto traficante uma nota de R$ 20 (a única na carteira). É instruído pelo homem que o retivera por cerca de meia hora a não sair 'por aí tirando foto não'. Diz que se fosse na outra 'boca' mais acima na rua, o estudante levaria um tiro sem qualquer conversa anterior.

O estudante se retira do local, guarda a máquina e passa a conversar com moradores das proximidades. Pede água em um estabelecimento e, na conversa com um atendente, inquire sobre a boca-de-fumo. Ouve do rapaz que existe tráfico de drogas no local há mais de dez anos, sendo do conhecimento da polícia. Diz que ninguém tem coragem de denunciar o local porque, segundo ele, os traficantes acabariam sabendo quem foi o denunciando, dando a entender que estes teriam alguma relação com policiais.

Após caminhar mais algumas ruas, sem fazer registro fotográfico mas conversando com moradores - todos muito arredios e ressabiados, diga-se de passagem (talvez pela convivência diária com situações similares a que passou o estudante) - toma o ônibus de volta até a Estação Karajá, na Praça Brasília, encerrando o trabalho que durou cerca de duas horas.

Opinião - O que se percebe nesta caminhada de pouco mais de um quilômetro e meio a partir do setor Aureny I, é que os serviços públicos estão presentes apenas nas grandes avenidas. Há muitos locais sem serviço público de limpeza e também de segurança. Áreas verdes estão sem manutenção e o tráfico de drogas parece imperar no local, e o pior, com conhecimento pleno da polícia.

Aureny I
A visita se deu no bairro Aureny I, no dia 15/08/2013. A chegada foi através da linha de ônibus EIXÃO, e o desembarque foi na estação de ônibus do bairro. Logo na chagada ficou evidente o descuido do poder público e dos moradores com aquela área. Havia lixo em todos os lugares, a sinalização da estação estava depredada e o mato seco tomava conta dos terrenos baldios. Nas ruas paralelas a avenida principal havia lixo, folhas e quase nenhuma calçada, impossibilitando a locomoção de cadeirantes e pessoas portadoras de deficiência. Nos postes havia pipas presas e as bocas de lobos nas ruas estavam, ou entupidas ou descobertas.
Os problemas também são evidentes no comércio. Os açougues comercializam alimentos a céu aberto, em um calor de quase 40º e próximo a lixeiras. A única praça que vi (Praça Brasília) está descuidada, com a grama amarela e quebradiça, lixo espalhado nos jardins e bancos quebrados e sujos. Há um lote baldio que é utilizado como um pequeno lixão pelos moradores, apesar da placa que diz ser proibido jogar lixo lá. O asfalto está razoavelmente conservado, mas os meios-fios estão destruídos e a sinalização de trânsito é precária. 
O mais surpreendente é que a maioria dos problemas do bairro poderia ser resolvida de maneira simples. Uma simples coleta de lixo organizada e a sinalização das ruas resolveria grande parte do problema. A falta de vontade politica de agir na periferia e a desarticulação dos próprios moradores é a causa de boa parte daquela situação.

Aureny IV
Em visita ao bairro Jardim Aureny IV, com o objetivo de captar imagens para apontamentos de problemas a serem resolvidos, foram observados os pontos de maior movimentação do local, tais como as principais avenidas e praças.
No início do trajeto, logo foi constatado e registrado com imagens o desprezo com relação ao conforto dos cidadãos que tiverem que esperar por um ônibus nas paradas, pois o acesso é dificultado pela ausência de calçadas até o ponto de ônibus, obrigando os pedestres a caminhar pela avenida arriscando suas vidas. Seguindo pelas avenidas do bairro nota-se uma grande dificuldade para a mobilidade de cadeirantes, uma vez que as calçadas, na sua maioria, não dispõem de rampas de acesso e quando às tem são danificadas ou comprometidas pelas mesas e cadeiras dos bares do local que ocupam grande parte das calçadas. Outro ponto relevante flagrado pela visita foi o desrespeito dos comerciantes em expor seus produtos nas calçadas, atrapalhando a livre circulação dos pedestres e cadeirantes, a quem realmente foi destinado aquele espaço.
Cautelosamente foi analisada uma boa parte do bairro, e com uma pequena ajuda de um morador que se dispôs a fazer alguns apontamentos após ser informado do projeto, foi fotografado o estado de abandono em que se encontram as áreas destinadas a laser, bem como o lixo encontrado em um anexo de atendimento de um programa do Governo do Estado.
Em conclusão à visita, percebe-se que, embora, por medidas de segurança, não a visita tenha se limitado a não se adentrar nas partes mais problemáticas do bairro, nota-se que o comercio local é até consideravelmente aquecido, o que viabiliza uma condição financeira digna aos moradores dali. O que percebe-se que pode e deve ser melhorado, é a qualidade de vida proporcionada pelo laser que o ambiente deve oferecer àquelas famílias, bem como diminuir as diferenças investindo na acessibilidade.

Aureny II
Alex Costa, acadêmico do curso de comunicação social da UFT, diante de uma proposta da disciplina comunicação comunitária realizou duas visitas ao setor Jardim Aureny II nos dias 17 e 23 de agosto de 2013 onde pode perceber alguns problemas enfrentado pela comunidade. 
Os problemas em mais evidência nas quadras da região sul estão sempre relacionados à segurança, mobilidade, acessibilidades, limpeza pública, falta de planejamento e investimentos em infraestrutura. Em específico, as dependências do ginásio Aírton Sena em estado de abandono, é notável a falta de arborização e irrigação e limpeza da praça local, bem como a manutenção da passarela sobre a Rodovia TO 050, localizada na frente do ginásio. 
Próximo do ginásio há uma subestação de energia elétrica, um local perigoso que em tese deveria ser afastada e isolado dos perímetros urbanos por razão dos perigos constante de explosões incêndios, ainda sim a sub estação está localizada exatamente na frente da UPA, (Unidade de Pronto Atendimento) oferecendo risco eminente aos funcionários e pacientes da região sul, no mesmo local há carência de roçagem e pavimentação, situação não muito diferente do restante do bairro com acréscimo de outros problemas relacionados, por exemplo: saneamento básico, já que existe uma quantidade pequena de rede de esgotos e as poucas bocas de lobos encontradas em sua maioria estão danificadas, também as encostas dos pequenos córregos que cortam a região expõem erosões que causam preocupação aos moradores pelo risco constante de arruinarem  as casas próximas, estes mesmos buracos causados pelas erosões a população usa como local de descarte de lixo o que pode acarretar dentre outras a propagação de doenças. 
Entulho e resto de construções são outros problemas da comunidade, é grade o número de calçadas lotadas de escombros misturados a lixos e mato, mas isso perece não incomodar os moradores, o problema é tão comum que parece já fazerem parte da paisagem.  Nesse período de estiagem cresce muito os casos de focos de incêndios nessa região, isso está diretamente ligado a queima de lixo pelos moradores, o que causa muita fumaça e reclamações do mesmos moradores. 
Os problemas dos moradores do jardim aureny II não são poucos mas o que mais preocupa é sem dúvida a acomodação ou até mesmo o fato dos moradores não possuírem consciência que os problemas locais podem ser solucionados com ajuda do poder público, assim a melhoria da qualidade de vida e a obtenção de dignidade humana proposta na constituição brasileira.

Entrevistas
Na tarde do dia 03 de setembro a acadêmica Maria Gabriela de Oliveira Costa esteve no Jardim Aureny II para executar três entrevistas que já haviam sido marcadas anteriormente. O principal objetivo das entrevistas era ouvir alguns moradores da região e saber os pontos que exigem atenção do poder público e ainda saber onde estão os acertos da administração atual.
A primeira moradora ouvida foi a senhora Elisângela Carvalho Freitas que mora no setor há exatos 21 anos. Como uma pioneira, ele falou sobre a evolução do local e reafirmou que as maiores preocupações atualmente é questão da segurança, mas que a polícia vem coibindo a ação de criminosos de maneira eficiente. Elisângela ressaltou ainda a questão da carência de equipamentos e material hospitalar na recém-inaugurada Unidade de Pronto Atendimento do Aureny II
Em Mateus Antônio Souza, estudante e morador do setor há 10 anos, afirmou durante a entrevista que é usuário do transporte coletivo da capital e reclamou do estado dos ônibus que fazem a rota na região. Segundo ele, apenas ônibus sucateados são disponibilizados pela Miracema, empresa se transporte da capital. Mateus disse ainda que a parada de ônibus onde ele desce a noite não tem cobertura nem iluminação. Quando questionado sobre os pontos positivos, ele diz que o setor já teve um índice de violência bem mais alto, mas que hoje ele sente que houve uma redução significativa.
A terceira entrevistada foi a funcionária pública Cristiane Pereira da Silva que mora no Aureny há 12 anos. Entre as principais reclamações ela destaca a questão da falta de infraestrutura e afirma que os pontos positivos que se pode ver pelos Aurenys é fruto de iniciativas privadas da própria comunidade em geral.


DECUPAGENS - Áudios

ENTREVISTA 01 - Elisângela Carvalho Freitas
REPÓRTER: Há quanto tempo você mora no Aureny II?
ELISÂNGELA: Há vinte e um anos.
REPÓRTER: E nesse período em que você mora aqui, desde a chegada da UPA, você percebe que essa Unidade de Saúde está atendendo realmente a população? Tem todos os apetrechos pra atender a demanda da população ou falta muita coisa ainda?
ELISÂNGELA: Atende de forma parcial, pois ela mudou do Aureny I para o Aureny II, mas em termos de atendimento continua a mesma coisa. Não faltam profissionais, mas em contra partida faltam os materiais, como por exemplo, os materiais de odontologia, quem precisa de um Raio- X raramente encontra ou consegue fazer porque o equipamento está sempre quebrado. Exames também ninguém consegue fazer aqui... e é isso! A UPA está aqui, tem profissionais, que até atendem bem, mas a estrutura não é adequada para o atendimento da população.
REPÓRTER: E a questão das Escolas de Tempo Integral, você falou quem tem uma dessas aqui perto que atende bem as crianças, né?
ELISÂNGELA: Sim, sim! Ela fica no Setor Santa Bárbara, que é a Escola Municipal Santa Bárbara, e desde que foi inaugurada como escola de tempo integral, ela vem funcionando bem, pois no bairro existem muitas crianças, muitas delas ficavam uma parte do período nas ruas, a gente observava isso, e hoje a gente já não vê essa questão de crianças na rua. Estão todas no colégio durante o dia.
REPÓRTER: Elisângela, o que você tem a dizer sobre a questão da marginalidade no setor? Tem bastante, a polícia tá fazendo o trabalho direito ou você acha que muito ainda precisa ser feito pela região?
ELISÂNGELA: Olha, a polícia tem feito a sua parte, tem trabalhado, tem agido contra a marginalidade, tem trabalhado também contra as “bocas de fumo”, tem prendido muitos contrabandos de drogas, mas eu acho que ainda tem muito a se fazer. Ainda tem muita coisa para a polícia agir ali para que o bairro se torne um bairro mais sossegado
REPÓRTER: Você falou que de uns dois anos pra cá teve redução nesse índice de tráfico de drogas e afins. Então antes era bem mais violento então?
ELISÂNGELA: Sim!  De uns dois anos pra cá a gente percebe que a polícia tem agido com mais rigor e tem diminuído realmente aí a questão do tráfico de drogas, mas antes disso tivemos momentos de muita turbulência com essa questão da droga. Se via muitos adolescentes na rua, drogado, inclusive mulheres.
Confira o áudio da entrevista

ENTREVISTA 02 - Mateus Antônio de Souza
REPÓRTER: Há quanto tempo você mora no Aureny II?
MATEUS: Eu moro aqui há 10 anos.
REPÓRTER: E quais os pontos negativos que você observa aqui na região?
MATEUS: De negativo que eu vejo é mais mesmo os ônibus. O transporte público na capital de modo geral é precário, mas aqui no Aureny a situação é pior. No meu setor mesmo só circula ônibus velho, caindo aos pedaços mesmo. O pior é que a gente paga caro por isso. Sem contar que as paradas de ônibus também não uma maravilha! Sou estudante e volto tarde da faculdade e na parada onde eu desço na tem iluminação e nem cobertura.
REPÓRTER: E os pontos positivos?
MATEUS: De positivo eu posso dizer que a violência aqui diminuiu muito. Antes não se podia nem ficar até mais tarde na rua porque o risco de assalto era grande. Hoje já está mais tranquilo.
Confira o áudio da entrevista


ENTREVISTA 03 - Cristiane Pereira da Silva
REPÓRTER: Cristiane você é funcionária pública e mora na região dos Aurenys há quanto tempo?
CRISTIANE: Há 12 anos
REPÓRTER: E durante esse tempo em que você vive lá, o que você percebe que tem evoluído no bairro? O que de bom a administração tem feito pelo setor?
CRISTIANE: A evolução do bairro caminha com a evolução da cidade em passos muito lentos. A infraestrutura ainda é muito ruim, lazer praticamente não tem, nas escolas sempre faltam vagas, e acho que a maior deficiência do Aureny II é creche também, e até que na saúde teve um investimento recente agora, mas ainda é deficiente.
REPÓRTER: E como pontos positivos? O que você observa?
CRISTIANE: O que lá tem de positivo é praticamente independente. O comércio é muito bom e nós temos Taquaralto que é bem próximo e tudo que se quer resolver pode resolver lá. E eu acho que esse é o maior ponto positivo da região dos Aurenys  e também  o fato de ser acessível, né? Comprar um lote ou o aluguel é mais acessível pra quem tem uma renda baixa.
Confira o áudio da entrevista

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